TRÊS DE MAIO E SUA HISTÓRIA - FREDERICO TRENNEPOHL E A VILA GLÓRIA

TRÊS DE MAIO E SUA HISTÓRIA - FREDERICO TRENNEPOHL E A VILA GLÓRIA

FREDERICO TRENNEPOHL E A VILA GLÓRIA

Frederico Trennepohl, nascido em Teutônia em 11 de maio de 1895, era filho de um casal de imigrantes naturais da Prússia que chegaram ao Brasil em 1869 embarcados no navio Iduna, proveniente de Hamburgo. Além de Frederico, o casal teve ainda outras duas filhas, uma mais velha e outra mais nova que Frederico, chamadas Catharina e Luiza.
Em 1923, Frederico Trennepohl casou-se com Celina Ziller, com quem teve dois filhos: Herbert (1924) e Reinwald (1936). 
Em 1930, a família mudou-se para Três de Maio, onde adquiriu uma área de terra lindeira à propriedade do Sr. Leonardo Zawaski, que possuía uma cerâmica no local. A área de Frederico se estendia desde a atual Rua Planalto, seguindo a Oeste da atual Rua da Cerâmica até a esquina da Auto-Elétrica Tresmaiense, e a Leste da atual rua que leva seu nome,  próxima à Escola Municipal Germano Dockhorn. 
Existiam ainda ao longo da estradinha de chão que passava pela sua propriedade, além da cerâmica de Leonardo Zawaski, a Cerâmica Morangueira de Nelson Zawaski e a Cerâmica Três de Maio, de Ervino Mensch e, por isso, com o tempo, as referências naquela área passaram a ser as cerâmicas e começou-se a chamar aquela rua que se estendia até os banhados mais abaixo de Rua das Cerâmicas. 
Na época, a Rua Horizontina não possuía o atual traçado pois, baseando-se nas referências atuais, alguns metros após a atual Rua Edson Azambuja, esta fazia uma leve curva à direita, seguindo em diagonal ao encontro de uma outra estradinha, que na época não era mais do que uma simples picada de bois, e que depois daria lugar a atual Rua Planalto (esquina com as Ruas da Cerâmica e Albino Veronese), e seguindo por esta pelo caminho que hoje passa em frente à Escola Municipal Germano Dockhorn, indo em direção a Caravágio. 
Boa parte dessas terras, onde hoje situa-se a escola, anteriormente pertenciam ao Sr. Luís Gabe, o qual depois as vendeu para Ervino Mensch que, em 1951, as transformou em um loteamento ao qual deu o nome de Loteamento Glória, como uma forma de relacionar o lugar a exaltação de Deus, e assim invocar um bom renome a área. Foi então que o loteamento se tornou a Vila Glória, e depois, o Bairro Glória.  
No dia 27 de abril de 1954 foi elaborado o primeiro mapa do local e em 1960 iniciou-se o desmatamento da área. No lote onde atualmente se encontra a Escola Germano Dockhorn, inicialmente havia um projeto para instalação de um presídio municipal, mas que foi abortado por uma lei estadual que determinava que os presídios deveriam estar ligados a um centro regional, no caso, Santa Rosa, e, por pressão dos moradores, o projeto acabou se tornando a Escola de Vila Glória, inaugurada em 07 de março de 1976, que depois, no dia 07 de novembro de 1997, seria rebatizada de Escola Municipal Germano Dockhorn. 
A esposa de Frederico Trennepohl, Celina, era uma costureira habilidosa e passou a dar aulas de costura para outras mulheres e filhas dos moradores das redondezas em sua máquina de costura Singer e, muitas vezes nestes momentos, as alunas até a ajudavam nos trabalhos domésticos e a cuidar das crianças. 
As horas de lazer resultavam quase sempre em tomar chimarrão e prosear em alemão à beira do fogão a lenha, principalmente quando o Sr. Johan Franz e sua esposa Emma, que moravam próximos, vinham de aranha até sua residência. 
Nestes momentos, Trennepohl chispava com os netos que vinham tentar roubar-lhe o cigarro de palha que costumava guardar preso à orelha para ir fumando parceladamente, pois estes divertiam-se pegando seu cigarro e correndo para o meio do milharal para fumá-lo escondidos. 
Certa vez,  tendo sido mais severo com os netos, Trennephol construiu um balanço no pé de ameixinhas amarelas que ficava no quintal da propriedade, para agradar as crianças e fazê-las continuarem vindo até sua casa.  
Foi com este jeito simples de ser que Frederico Trennepohl viveu toda a sua vida e veio a falecer no dia 25 de março de 1976, em sua propriedade no então Bairro Glória.

Sentados: Celina Ziller e Frederico Trennepohl. Em pé:  Lucinda Sipp com a  filha Brunilda no colo,  seu marido Herbert, e Reinwald

 

Frederico Trennepohl serviu ao Exército em 1918

 

Frederico Trennepohl nasceu em 11 de maio de 1895 e faleceu em  25 de março de 1976

 

 

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