Denúncia de crime ambiental

Moradores de Consolata denunciam caça à capivara, que é prática ilegal

Denúncia de crime ambiental
Moradores de Consolata revelam que este pequeno bando, com cerca de cinco adultos e quatro filhotes, já estava bem acostumado com o convívio dos moradores. Tanto que sequer fugiam das pessoas ou máquinas agrícolas, o que possibilitou fazer diversas filmagens do grupo. Porém, nos últimos meses este grupo não está sendo avistado, somente um adulto isolado

Nesta semana, uma denúncia chegou à redação do Jornal Semanal sobre a suspeita da prática de crime ambiental.
Num relato, a comunidade de Consolata –  em especial os moradores e os que possuem propriedades ao longo do Lajeado Morangueira – contam que há mais de cinco anos vem acompanhando e protegendo um pequeno bando de capivaras que vive e se desloca nestas matas ciliares e açudes. 


Os moradores revelam que este pequeno bando, com cerca de cinco adultos e quatro filhotes, já estava bem acostumado com o convívio entre eles. Tanto que sequer fugiam das pessoas ou máquinas agrícolas, o que possibilitou fazer diversas filmagens do grupo.


Porém, segundo eles, nos últimos meses este grupo de animais não está sendo avistado, somente um adulto isolado. Também foi encontrada uma capivara morta próximo à um açude com visíveis sinais de ter sido alvo de um tiro de caçador, vindo a morrer horas depois próximo a uma moradia. 

 

Consciência coletiva de preservação dos recursos naturais
 

O grupo de moradores alega que “considerando que estes ‘caçadores’ desprovidos de consciência e atitude coletiva, e de nenhuma responsabilidade ambiental, e, principalmente, por continuarem a cometer estes crimes ambientais, é que a comunidade vem denunciar esta prática ilegal da caça de capivaras, bem como, a caça de outras espécies de ocorrência muito rara, como é o caso da paca e do veado bororó, o menor veado do RS”.


Ainda, os moradores e proprietários destas áreas de preservação ao longo do Lajeado Morangueira estão dispostos a fazer uso destes flagrantes de caça predatória e denunciar estes crimes aos órgãos de fiscalização ambiental, no caso o Ibama e a Fepam.


No entanto, a comunidade de Consolata espera, e acredita, que tais denúncias não se tornem necessárias, pois os melhores resultados sempre se obtêm quando se aposta na construção da consciência coletiva de preservação dos recursos naturais.

 

Punição pode resultar em prisão


Com a presença destes animais por toda a região, as capivaras são protegidas contra a caça. É considerado crime ambiental, segundo a Lei da Fauna, de 1967, abater capivara e outros animais silvestres. Ainda, conforme artigo 29 da Lei Federal 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), a caça de animal silvestre prevê pena de detenção de seis meses a um ano ao infrator. Mesmo com as penalidades impostas, os registros continuam ocorrendo.