Executivo encaminha nota à Apromut em resposta à reivindicação sobre pagamento do piso nacional do magistério

Conforme nota, há uma discussão jurídica envolvendo o assunto e que o Município de Três de Maio vem realizando reuniões e audiências com o magistério público municipal

Executivo encaminha nota à  Apromut em resposta à  reivindicação sobre pagamento  do piso nacional do magistério
Professores reivindicam pagamento de piso salárial ao magistério municipal

Com cartazes em mãos, um grupo de professores municipais de Três de Maio participou, na noite de segunda-feira, 16, da sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores, reivindicando dos Poderes Executivo e Legislativo, o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica (PSPN) no município (Lei 11.738/2008). A secretária de Educação, Vera Kuhler, também esteve presente na sessão. 

O impasse com relação ao piso vem desde janeiro deste ano, quando o Ministério da Educação anunciou, o novo valor do Piso Salarial Profissional NacAional - R$ 3.845,63 - 40 horas - para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica (PSPN). 

Em contato com o prefeito Marcos Corso, o chefe do Poder Executivo informou que se manifestou por ofício encaminhado à Apromut (Associação dos Professores Municipais de Três de Maio). De acordo com o documento, há uma discussão jurídica quanto ao piso nacional do magistério e o Município de Três de Maio vem realizando reuniões e audiências com o magistério público municipal. “Na reunião de 10 de maio apresentamos proposta que consiste basicamente em encaminhamento de projeto de Lei à Câmara Municipal de Vereadores readequando o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal”, diz a nota.

Conforme consta, o projeto pretende destacar a manutenção de todas as vantagens previstas no atual plano de carreira, a criação de acréscimo para o nível 1 para professor que tenha habilitação em magistério, concessão de reajuste a todos os servidores do magistério, dos quadros ativos e inativos com paridade, assegurando o reajuste de 15,06%  em 2022, considerando o reajuste concedido em janeiro deste ano, além de assegurar aos contratados temporariamente a sistemática remuneratória concernente aos níveis dos profissionais da educação investidos em cargos efetivos.

O executivo municipal também esclarece, através da nota que “a proposta é formalizada após apurada análise do orçamento e gastos com pessoal da Administração Pública Municipal e não afasta a possibilidade de novas negociações colocando o Executivo e seus órgão de assessoramento a disposição da APROMUT”.

 

‘Não temos segurança jurídica para avançar com o piso do magistério’, diz presidente da Amufron

O presidente da Associação dos Municípios da Fronteira Noroeste (Amufron), o prefeito de Horizontina Jones Cunha, reforçou a opinião do Executivo de Três de Maio, esclarecendo que a Associação recomenda aos prefeitos que aguardem a resolução de uma ação movida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). 

Segundo Jones, na última reunião da Amufron foi solicitado a todos os prefeitos que não tomem nenhum posicionamento em virtude da insegurança jurídica. “Não temos segurança jurídica para avançar com o piso do magistério. Há um parecer da CNM que alega ser inconstitucional a forma como foi conduzida essa questão pelo governo federal”, justificou.

O presidente da Amufron também frisou a necessidade que programas como piso salarial tenham a descrição da fonte do recurso para o pagamento. “Não somos contrários a nenhum piso, mas a preocupação maior é, estabelecido o piso, de onde virão os recursos para esse pagamento”, comentou, lembrando que há projetos de lei no Congresso Nacional para que seja obrigatório a descrição dos recursos para pisos salariais. “Isso é algo que nós estamos buscando com os parlamentares, para que não haja esse tipo de empasse cada vez que se cria algum piso ou programa”, explica.

O prefeito ressaltou ainda que, dentre outros, nesta sexta, durante o encontro com o governador Ranolfo Vieira Júnior em Horizontina, o assunto também será pautado.

“Pedimos aos prefeitos para aguardar sobre a adesão do piso nacional. É preciso ter a origem dos recursos”, diz o presidente da Amufron, Jones Cunha