Trabalhadores rurais protestam por medidas de apoio ao setor
Entre as reivindicações, está a prorrogação automática de operações do Pronaf e Pronamp, além da anistia das parcelas do programa Troca-Troca de Milho

A segunda-feira, 17, foi marcada pela mobilização de agricultores em todas as regiões do Estado. Organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS) e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, manifestações ocorreram em 16 pontos do interior do RS e um ato central em Porto Alegre.
Na região Fronteira Noroeste o manifesto ocorreu na área central de Tuparendi com a presença de sindicatos e agricultores de 22 municípios, como dos STRs de Três de Maio e São José do Inhacorá, de Independência e de Alegria. Entidades aderiram ao ato, como as Associações Comerciais e Industriais, entre elas as ACIs de Três de Maio, Santa Rosa, Independência, Alegria e São José do Inhacorá.
Manifestos também ocorreram nas cidades de Frederico Westphalen, São Miguel da Missões, São Luiz Gonzaga e São Martinho, no Norte e Noroeste. Conforme o movimento sindical, o setor busca medidas de ação aos agricultores familiares em meio à estiagem enfrentada no Rio Grande do Sul.
Segundo o presidente do STR de Três de Maio e São José do Inhacorá, Joel Rossi, a pauta das mobilizações foi elaborada em conjunto com todos os sindicatos gaúchos. “Na verdade, esse é um pontapé inicial para outra grande motivação macrorregional que será o Grito de Alerta, que será no dia 19 de março, em São Luiz Gonzaga”, acrescentou Rossi.
Cerca de 10 mil agricultores participaram de atos no RS, segundo federação
Para a FETAG, o evento foi extremamente positivo para evidenciar as demandas do setor. A organização do movimento calcula que cerca de 10 mil agricultores estiveram mobilizados em todo o Rio Grande do Sul.
Segundo a federação, a mobilização reforçou a urgência de ações concretas para enfrentar os desafios que afetam os agricultores familiares, entre elas, o endividamento rural, a necessidade de fortalecimento do Proagro e os impactos das mudanças climáticas.
“A presença maciça dos agricultores e o apoio das entidades mostram que estamos no caminho certo. Mas a luta não para aqui. Seguiremos trabalhando incansavelmente para garantir políticas públicas que assegurem a sustentabilidade da agricultura familiar”, declarou Carlos Joel da Silva, presidente da FETAG-RS. Silva ressalta que as agendas em Brasília serão fundamentais para avançar nas reivindicações e buscar soluções efetivas para os desafios enfrentados pelos agricultores gaúchos.
DEMANDAS APRESENTADAS PELA FETAG CRÉDITO RURAL |
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