Emater alerta produtores sobre cigarrinha do milho
Praga foi constatada na região. Monitoramento e controle são necessários para evitar perdas na cultura

O município de Três de Maio já está com 92% das lavouras de milho semeadas. De acordo com o chefe do escritório municipal da Emater, Leonardo Rustick, a estimativa é de cultivo de 5.300 hectares com o cereal, 1.000 hectares a menos do que em 2020. A expectativa de produção é de 8.400 quilos por hectare.
Rustick explica que a redução se deu porque os produtores apostaram mais em outras culturas. “Nós tivemos aumento da área de trigo e o produtor também está muito ansioso com relação às questões das pragas que estavam ocorrendo, como a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis)”, explica.
A Emater em conjunto com o Departamento de Defesa Agropecuária do Estado já emitiu alerta fitossanitários sobre a presença da cigarrinha do milho em lavoura do Rio Grande do Sul. A praga ataca principalmente na fase inicial. “A Emater está monitorando e nós constatamos a presença dessa praga na região. Portanto, o produtor precisa ficar atento, monitorar e controlar a cigarrinha do milho, caso contrário, os danos serão irreversíveis à cultura”.
Conforme Rustick, a preocupação é muito grande nas fases iniciais do milho, pois a cigarrinha transmite viroses, a planta não desenvolve mais e a produção fica comprometida.
O chefe da Emater diz que existe uma preocupação com o meio ambiente, e se não fosse necessário fazer o controle da praga, seria menor o uso de agrotóxicos. “Quando a praga ataca a lavoura, podem acontecer perdas muito acentuadas. Então, o produtor tem que fazer esse controle, usando todas as medidas de tecnologia da aplicação adequada”.
A Emater orienta que o produtor procure assistência técnica especializada para saber o momento certo de entrar na lavoura e aplicar o produto certo, com a recomendação adequada para evitar a contaminação do meio ambiente e controlar a praga. “O produtor da nossa região vai ter que aprender a conviver com essa praga, porque no Brasil ela já existe há muito tempo. De agora em diante o produtor que optar em cultivar milho terá que aprender a controlar essa praga para não ter perdas”, orienta.
De acordo com Rustick, os produtores de Três de Maio têm o hábito de fazer a semeadura na abertura da janela do zoneamento agrícola, que inicia em 1º de agosto e vai até 20 de janeiro do ano subsequente. Por isso, comparado as demais regiões do estado, a semeadura está bem adiantada.
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