Casal de pelotenses escolheu Três de Maio para viver e trabalhar

Fabio Schaun Härter, 50 anos, e Letícia dos Santos Hölbig Härter, 46, ambos engenheiros agrônomos, chegaram à cidade por escolhas profissionais. Depois de mais de 10 anos, o casal afirma que está feliz com a escolha

Casal de pelotenses  escolheu Três de Maio  para viver e trabalhar
Fábio e Letícia optaram por Três de Maio para trilhar suas carreiras profissionais e constituir família. Ele é bancário do Banrisul e ela professora do curso de Agronomia da Setrem e responsável técnica do Laboratório de Sementes

“Conheci Três de Maio em 2005, por ocasião de uma visita técnica à Cotrimaio. Logo em seguida, um amigo meu iniciou sua pesquisa de mestrado na Cotrimaio. Alguns anos depois, esse meu amigo tornou-se meu marido e, ao ser nomeado em um concurso do Banrisul, no ano de 2013, ele escolheu Três de Maio para trabalhar, pois já conhecia bem a cidade e tinha simpatia por ela", conta Letícia, que é natural de Pelotas e, na época, era professora em cursos técnicos no Instituto Federal Farroupilha (IFF), em Jaguari.
Fábio, que também é natural de Pelotas, antes de vir para Três de Maio, morava em Alegrete, também era professor no Instituto Federal Farroupilha (IFF) e estava cursando doutorado no Programa de Ciências e Tecnologia de Sementes. “Dentre as cidades que estavam com vagas para o Banrisul, estava Três de Maio, que eu já conhecia e imaginava ser um bom lugar para morar e construir minha família", justificou o bancário.
Já casados — o casamento foi em 2012 —, Fábio veio para Três de Maio para assumir a vaga, e Letícia continuou morando e lecionando em Jaguari.
Formada pela Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel), com mestrado e doutorado no Programa de Ciências e Tecnologia de Sementes, Letícia soube, por meio de conexões com pessoas, que a Setrem estava com uma vaga no Laboratório de Sementes. "Assim, no ano de 2014, vim para cá e consegui realizar um desejo profissional de atuar em um laboratório e ser docente e, ainda, estar junto do meu marido para então constituir nossa família”, revela a engenheira agrônoma.
O casal se conheceu ainda na época em que cursavam o ensino técnico na cidade de Pelotas, porém a amizade surgiu durante o curso de mestrado de ambos. Hoje são casados e pais de Vítor, de 7 anos, que nasceu em solo três-maiense.

‘Tranquilidade, segurança e proximidade com o trabalho são os pontos que mais destacamos’

Questionados se escolheriam novamente Três de Maio para começar a vida, prontamente ambos responderam que sim. “Com certeza iniciaríamos novamente uma vida aqui. Vemos muitas possibilidades de atuação e com qualidade de vida. O ponto mais positivo da cidade é a tranquilidade e a segurança, além de você poder trabalhar próximo de casa. Isso é muito bom para quem já perdeu de três a quatro horas por dia em deslocamento para trabalhar. Sabe-se o alto valor de estar perto”, destacou.
Na opinião do casal, Três de Maio segue em desenvolvimento, mas ainda tem um enorme potencial e destacam alguns pontos que podem ser melhorados. "Na minha opinião, é preciso melhorar, de forma geral, a prestação de serviços e o atendimento. Além disso, é necessário rever as questões de trânsito, pois há ruas com excesso de carros estacionados. Um programa de conscientização no trânsito é urgente. Também questões básicas de meio ambiente precisam ser revistas. Um bom programa de educação ambiental, dentro e fora das escolas, seria uma alternativa”, pontuou Letícia.
Ao falar sobre as diferenças entre a cidade natal e a atual, Fábio diz que a saudade da família e a proximidade com o litoral são os pontos de que mais sente falta. “A gente percebe algumas diferenças com relação aos costumes, ao hábito do tereré e ao estilo de música, mas o melhor de Três de Maio é a segurança”, declarou o casal, que tem um vasto círculo de amigos e está integrado à comunidade três-maiense.
Letícia fala da importância das conexões e de uma rede de pessoas. “Estou em Três de Maio graças às conexões que fiz ao longo de minha trajetória. Falo muito para os acadêmicos: em um mundo tecnológico, precisamos nos conectar com as pessoas. Graças à equipe, a Setrem tem promovido aos seus acadêmicos e alunos um evento chamado Conexão, pois acreditamos que é isso que faz o mundo ‘girar’”, complementou a professora.