‘A vacina impacta muito positivamente nos casos graves, porque ela evita sintomas graves e internações hospitalares, mas não evita a transmissão’

Queda na média geral de mortes por Covid-19, desaceleração nas internações e diminuição de óbitos. Depois de cinco meses e meio do início, a vacinação começa a apontar indícios de que está fazendo efeito na melhoria dos indicadores no Brasil, apesar de os índices gerais da pandemia seguirem em patamares altos. Até o final de junho, o Brasil havia imunizado 26,27 milhões de pessoas (12,41% da população) com as duas doses ou dose única, e 73,5 milhões (35%) com a primeira dose. Para médicos e pesquisadores, o avanço da vacinação, mesmo que lento, aponta para o resultado direto para a queda em indicadores, em especial dos grupos protegidos. 

‘Prevenção é fundamental até que todos tenham  sido imunizados’
Na avaliação da enfermeira Tatiane Wächter, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Três de Maio, a vacina impactou bastante na diminuição dos casos; mas, é óbvio que não se pode descuidar das medidas preventivas, como higienização das mãos, distanciamento e uso de máscara. “Estamos numa fase boa; quantas ondas já tivemos, mas temos que lembrar de quantas variantes ainda estão em circulação no nosso país”.

 A enfermeira ressalta que a vacinação está indo rápido no município e na região da 14ª Coordenadoria Regional de Saúde. “As vacinas estão vindo com mais frequência, e com isso temos conseguido administrar na população agora por faixa etária. Esperamos que semana que vem a gente receba remessas com quantitativo bom e que possa diminuir de uma forma bastante expressiva a idade da população vacinada, para que em breve todos com mais de 18 anos possam receber a vacina”, prevê a enfermeira.

Para Tatiane, é importante a população estar ciente de que a vacina impacta muito positivamente nos casos graves, porque ela evita sintomas graves e internações hospitalares, mas não evita a transmissão. “Devemos continuar nos prevenindo até que todos tenham a oportunidade de receber a imunização, pois a pandemia ainda não acabou”, orienta.