Transformando lixo em renda
Lixo é transformado em recursos financeiros
Instituições de Três de Maio apostam em materiais reciclados para arrecadar dinheiro, contribuir com causas sociais e ajudar o meio ambiente
Muitos materiais descartáveis podem ser transformados em dinheiro nas mãos das pessoas certas. Tampinhas de embalagens plásticas, latinhas, lacres, caixas de papelão, alumínio, metal... O que você joga fora pensando não ter valor algum, pode ser transformado em dinheiro por entidades que recolhem esses materiais para arrecadar recursos para desenvolver seus trabalhos, ou mesmo destiná-los a causas sociais. Além disso, desta forma o seu lixo seco receberá a destinação correta.
Em Três de Maio, a Associação de Protetores de Animais Anjos do Bem, o Colégio Dom Hermeto e o Hospital São Vicente de Paulo viram na coleta de materiais recicláveis uma oportunidade de arrecadar recursos financeiros para desenvolver suas atividades, fazer um trabalho social e, ainda, ajudar o meio ambiente. O lixo reciclável, vale muito mais do que você imagina e é revertido em diversas causas. Veja o que cada uma dessas instituições arrecada e avalie com carinho, como você também pode colaborar.
Anjos do Bem recolhe materiais reciclados para
investir na causa animal
A Associação de Protetores de Animais Anjos do Bem trabalha há mais de dois anos com o objetivo de resgatar animais abandonados ou que sofrem maus-tratos e, depois de recuperados, encaminhá-los para adoção. O grupo de voluntários viu na coleta de materiais reciclados uma forma de arrecadar recursos financeiros para desenvolver o trabalho. Com isso, a Anjos do Bem recolhe todos os materiais que podem ser reciclados, exceto vidro e isopor.
De acordo com Tanise Roberti, uma das coordenadoras da associação, “os materiais recebidos são classificados de acordo com tipo de material: alumínio, metal, papelão, plástico... e vendidos para angariar valores para nossa causa”, explica. Todo o valor arrecadado é revertido principalmente para a compra de ração, castração de animais e procedimentos cirúrgicos.
Toda a comunidade três-maiense está convidada a ajudar a Anjos do Bem separando o lixo reciclável e entregando nos pontos de coleta. “Além de estarmos ajudando tantos animais, estamos também colaborando com o nosso meio ambiente, dando o destino correto a tanto lixo produzido diariamente”, conclui Tanise.
COMO COLABORAR: separe o lixo reciclável e entregue nos postos de coleta do grupo Anjos do Bem, que são: Clínica Animed, São Chico Pet Shop e Metalúrgica Lima.
Anjos do Bem coleta todo tipo de materiais reciclados, exceto vidro e isopor
HSVP tem posto de coleta de tampas plásticas na recepção
O Hospital São Vicente de Paulo participa do Programa Tampinha Legal, marca registrada do Instituto SustenPlás, onde as entidades assistenciais participantes se comprometem a coletar e enviar ao ponto de coleta em Porto Alegre. De acordo com a assistente social da instituição, Taíse Fabiane Lesses, o hospital está coletando tampas de plástico de garrafas pet, pote de nata, sorvete, entre outros, que são selecionadas por cores e encaminhadas ao ponto de coleta.
O valor da comercialização das tampinhas será destinado para a compra de materiais e equipamentos necessários no dia a dia do atendimento hospitalar, como: cadeiras de rodas, instrumentos cirúrgicos, macas, entre outros. A prestação de contas e os equipamentos adquiridos na campanha serão divulgados nas redes sociais do HSVP.
COMO COLABORAR: as tampinhas podem ser entregues na recepção do HSVP. Se algum estabelecimento comercial tiver interesse em colocar um ponto de coleta, a equipe do hospital recolhe no local.
Tampinhas podem ser depositadas em bobonas instaladas na recepção do HSVP
Cooperativa de alunos do Dom Hermeto
arrecada tampinhas e lacres de latinhas
Há mais de um ano a Coophermeto – cooperativa dos alunos do Colégio Dom Hermeto –, realiza o projeto de arrecadação de tampinhas de plástico e lacres de latinhas. De acordo com a presidente da Coophermeto, Mariana Hünemeier, 15 anos, a ideia surgiu na Cooperdomhermeto – cooperativa dos professores –, que sugeriu uma parceria com os alunos. “Nós aceitamos e demos continuidade ao projeto”, explica.
No auge da pandemia, não houve campanhas presenciais para a coleta dos materiais. Então, os alunos e professores divulgavam e coletavam em suas casas. Atualmente, a coleta de tampinhas e lacres ocorre tanto no colégio como com os alunos e professores. Mariana destaca que também já foram realizadas algumas coletas em maiores quantidades, em formato drive-thru, com o apoio da população e de algumas empresas.
Você que está lendo essa matéria deve estar se perguntando, qual o destino dado a esses materiais e ao valor arrecadado? Mariana, que é aluna do 1º ano do Ensino Médio, ressalta que o projeto não tem fins lucrativos. “Um dos princípios do cooperativismo é o interesse na comunidade, então nós arrecadamos os materiais e separamos as tampinhas por cor e doamos para a Associação de Protetores de Animais Anjos do Bem, como uma ação social”, revela.
Ela conta que ingressou na cooperativa principalmente por causa das ações sociais que são realizadas em prol da comunidade. “O ato de guardar as tampinhas e latinhas ajuda não só as instituições, mas também o meio ambiente, porque assim esse material ganha um destino correto; e temos que concordar que a separação não é algo que nos exige muito esforço, mas que traz grandes benefícios”, considera Mariana.
COMO COLABORAR: toda a doação é bem-vida! Para colaborar com o projeto e incentivar o espírito cooperativo dos alunos e professores, basta levar tampinhas e lacres ao ponto de coleta no Colégio Dom Hermeto. Outra opção é entrar em contato com algum aluno ou professor para entregar o material.
Alunos do Colégio Dom Hermeto com tampinhas e lacres arrecadados
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