Produtividade média da soja deve ficar em 58 sacas por hectare
Projeção é de injetar R$ 190 milhões na economia local
A Emater aumentou a expectativa de rendimento da soja para esta safra em Três de Maio. Com apenas 2% da área colhida, dos 20.200 hectares cultivados em Três de Maio, a expectativa inicial, que era de 3.300 quilos por hectare, totalizando 55 sacas, número que era a média histórica do município, subiu para 3.480 quilos, que significa 58 sacas por hectare. De acordo com o chefe do Escritório da Emater de Três de Maio, Leonardo Rustick, a expectativa para os próximos dias é de calor, que possibilitará a continuidade da colheita em muitas lavouras.
O aumento da expectativa de produção se deve ao clima que foi muito favorável para o desenvolvimento da soja. “Mesmo com o atraso em torno de um mês, um mês e meio na semeadura, isso não apresentou perdas porque o clima favoreceu o desenvolvimento da cultura. Tivemos de dezembro para cá um clima bem favorável, com chuvas dentro da média e temperatura quente que é o que a cultura de verão precisa, principalmente a soja”, explica Rustick.
Até ontem, Três de Maio tinha colhido apenas 2% das lavouras. A maioria delas, cerca de 70%, está na fase de enchimento de grãos e maturação, e deve ser colhida nos próximos dias. Conforme Leonardo, a área já colhida tem demonstrado produtividade muito satisfatória.
Safra pode injetar R$ 190 milhões na economia local
O preço da soja é histórico e muito favorável ao produtor. A saca está variando entre R$ 161 e R$ 164 e o produtor deve ter uma boa lucratividade. A expectativa é uma das melhores dos últimos tempos para o município. “Mesmo em época de pandemia, onde a economia está travada, o agronegócio continua sendo o principal carro-chefe, alavancando a economia do nosso Brasil. Em nosso município, a soja é o principal produto da agricultura, então com essa expectativa de produção, se espera injetar na economia local em torno de R$ 160 milhões a R$ 190 milhões com esta safra de soja”, prevê o chefe do Escritório da Emater.
Beneficiamento da soja pode triplicar receita
Rustick destaca que o município e a região poderiam triplicar a receita com a safra de soja, se houvesse uma agregação de valor. “A grande produção de soja em nosso país é exportada de forma in natura, em grão, e isso não agrega tanto valor. Se tivéssemos aqui na região, empresas que esmagassem esse grão, nós venderíamos o produto com valor agregado, que seria o farelo de soja, o óleo, os subprodutos beneficiados”, revela.
Segundo ele, é possível triplicar a receita que o município faz com a cultura de soja beneficiando o produto. “O mercado asiático é nosso maior comprador de grãos. Com certeza, se nós tivéssemos condições de armazenar toda a nossa produção, beneficiar o produto e vender beneficiado, nós agregaríamos muito mais valor, geraríamos mais mão de obra, emprego, desenvolveríamos muito mais a nossa região”, afirma. O chefe do Escritório da Emater diz que esse é um assunto para empresários e políticos da região pensarem, tendo em vista o desenvolvimento regional.
Comentários (0)