Municípios desistem de consórcio para a compra de lâmpadas Led

Independência, Três de Maio e Tuparendi são, até o momento, os municípios que compõem a Associação dos Municípios da Fronteira Noroeste (Amuforn) que desistiram da participação de um consórcio de iluminação pública e compra de lâmpadas LED na região. A iniciativa é do Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal dos Municípios do Alto Jacuí e Alto da Serra do Botucaraí – Comaja, que atua na implantação de um projeto de Parceria Pública Privada (PPP) de eficiência energética e cidades inteligentes. O consórcio proporciona aos municípios a possibilidade de aderir ao processo licitatório a ser realizado pelo Comaja, visando substituir a atual iluminação pública normal pela iluminação em LED.

Contudo, nos últimos dias, a desistência desses municípios de participarem do consórcio chamou a atenção, especialmente quando o motivo foi o valor das lâmpadas LED. O primeiro Município a se manifestar foi Tuparendi, quando o prefeito Leonel Petry declarou que o custo unitário da lâmpada pelo consórcio seria de mais de R$ 2 mil, enquanto no mercado a mesma lâmpada poderia ser comprada a R$ 880,00. 

A mesma opinião foi manifestada pelo secretário da Fazenda de Independência, Nerci Mucha: “os valores praticados estão acima do mercado, o que causaria dano ao erário e gastos desnecessários”, disse. 

Comaja afirma que procedimento ocorreu dentro da legalidade

Já entre os municípios que participam do consórcio estão Alegria, Santa Rosa; Horizontina; Porto Lucena; Cândido Godói; Porto Mauá; Sete de Setembro; Doutor Maurício Cardoso e Paim Filho. A vencedora do pregão foi a empresa Quark Engenharia, que irá executar o projeto de troca da atual iluminação por uma nova e moderna iluminação com lâmpadas LED.

Em contato com o secretário executivo do Comaja, João Shemmer, ele frisou que o valor das lâmpadas se justifica pela eficiência energética. “Não se compra luminária por watts. O watt é somente para medir o consumo; a diferença vai se dar logo – a conta de energia de outros sistemas vai diminuir entre 20 e 30%; já a proposta de aquisição pelo Comaja chega a uma economia de até 60%, numa vida útil de 20 anos”. 

Segundo o secretário informou ao Semanal, todo o procedimento ocorreu dentro da legalidade e há muita opinião de leigos no assunto. “Não entraremos no debate público; temos credibilidade de 15 anos”, ressaltou. João ainda disse que mais informações podem ser consultadas no Pregão Presencial 02/2021, no site comaja.com.br