Arrecadação com imposto de renda aumenta 270% em uma década

Dados da Receita Federal revelam que a arrecadação do Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas de Três de Maio quase que quadriplicou nos últimos dez anos. Em 2013, os três-maienses pagaram R$ 2,5 milhões, e em 2023 esse valor saltou para R$ 9.445.957.

Quanto ao número de contribuintes, em 2013, eram apenas 773 pessoas, e no ano passado, 1.865. Isso representa um crescimento de 141%, enquanto a arrecadação cresceu 270%. Em 2023, a média de arrecadação do IR por pessoa física ficou em R$ 5.064.

Um dos motivos para o aumento do pagamento é a diminuição da faixa de isenção. Enquanto em 2013 uma pessoa física pagava imposto a partir de R$ 1.710,78 (o equivalente a 2,52 salários mínimos da época), em 2023 a isenção somente ocorreu para quem recebia até dois salários mínimos nacionais (R$ 2.612). Em 2025, se o governo federal não aumentar a faixa de contribuição e o salário mínimo subir para R$ 1.512, como está previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), mais pessoas terão que declarar imposto de renda, que hoje estão isentas por receberem até R$ 2.824 (o equivalente a dois salários mínimos nacionais).

Em Três de Maio, a arrecadação do IR das pessoas jurídicas (PJs) teve um aumento ainda mais expressivo. Em 2013, o total arrecadado era de R$ 10,6 milhões, passando para R$ 54,9 milhões em 2023, o que corresponde a um aumento de 416% no período de dez anos. O número de contribuintes PJs quase triplicou, passando de 388 em 2013 para 1.121 no ano passado, um aumento de 188%. A média de arrecadação das PJs em 2023 foi de R$ 48.995.

A arrecadação da Receita Federal com IR em Três de Maio no ano de 2024, somando PF e PJ, atingiu o montante de R$ 64.369.462, representando um aumento de 4,57% em relação a 2023, ou seja, R$ 2,8 milhões a mais.

Esse crescimento pode ser atribuído a dois fatores principais, conforme explica Jesildo Lima, presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Três de Maio. “No caso das PJs, isso está relacionado ao valor, pois os limites de isenção não foram corrigidos nos últimos anos, resultando em mais contribuintes que deixaram de ser isentos. Outro fator é o crescimento econômico e o aumento no número de empresas na região, o que contribui para a elevação da arrecadação. Isso indica que, apesar das dificuldades, continuamos a ter crescimento no número de empresas e no faturamento, assim como nos enquadramentos tributários”, analisa.