Três de Maio: uma cidade para viver e pertencer

Avalia o casal de médicos Paulo Fernando Lopes Fagundes e Elaine Hoffmann, que adotou o município há 22 anos para viver, morar e trabalhar

Três de Maio:  uma cidade para viver e pertencer
O casal de médicos Paulo Fernando Lopes Fagundes e Elaine Hoffmann com as filhas Melissa e Helena

A vida é feita de ciclos, escolhas, mudanças e adaptações. A cada momento, uma decisão pode mudar o rumo da nossa trajetória. Existem mudanças que nos desafiam, mas trazem novas oportunidades, sejam elas de crescimento, aperfeiçoamento e, inclusive, melhorias pessoais, profissionais, no bem-estar e na qualidade de vida.

E foi pensando na qualidade de vida que o casal de médicos, Paulo Fernando Lopes Fagundes e Elaine Hoffmann, mudou de endereço, no final do ano de 2003, de Natal, capital do Rio Grande do Norte, para Três de Maio, interior do Rio Grande do Sul. Cidades localizadas em lados totalmente opostos do país, separadas por mais de quatro mil quilômetros de distância.

A mudança de um grande centro, com mais de 750 mil habitantes, para um município do interior gaúcho, com menos de 20  mil habitantes na época, veio após o casal receber uma proposta (e aceitar) para atuar na área médica no hospital São Vicente de Paulo em Três de Maio. 

Ambos têm 57 anos e cursaram a Faculdade de Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Elaine é médica Ginecologista e Mastologista, e natural de Porto Alegre. Paulo é médico Ortopedista e Traumatologista e natural de Cachoeira do Sul. Casados há 37 anos, são pais de duas filhas, que nasceram em Natal, e vieram ainda criança para Três de Maio e aqui estudaram, criaram laços de amizade. 

Atualmente, Melissa Hoffmann Fagundes, 21 anos, está cursando a Faculdade de Medicina na PUC-RS, em Porto Alegre e Helena Hoffmann Fagundes Caldeira, 27  anos, odontologista, reside em Botucatu- SP.

Passados 22 anos vivendo, residindo e trabalhando no município, eles têm a mesma convicção: “Estamos felizes pela nossa escolha e gratos pelo acolhimento e gentileza do povo três-maiense”, afirma o casal.

 

Da correria da cidade grande para a calmaria do interior

Da infância à juventude, Elaine residiu na região metropolitana, entre Canoas e Porto Alegre, antes de fixar residência com o marido em Natal. Já Paulo, filho de militar do Exército, residiu seus primeiros anos em Cachoeira do Sul; na adolescência em Porto Alegre e Alegrete, e na fase adulta, em Porto Alegre, quando, após, foi para Natal com a esposa. 

Paulo conta que a  família veio “parar” em Três de Maio, por meio de uma proposta profissional. “Eu e o Dr. Alex Eickhoff éramos colegas de especialização em Ortopedia e Traumatologia no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. Sempre mantivemos a amizade e o contato. Certa vez, eu comentei com ele de que havia recebido uma proposta para retornar ao Rio Grande do Sul”, recorda.

Segundo ele, a estadia em Natal era para ser temporária, apenas um ano de serviço militar obrigatório, então, a família tinha a intenção de retornar ao Rio Grande do Sul. “As coisas foram acontecendo de maneira favorável e fomos ficando em Natal. Mas, quando surgiu a proposta de retorno, o Dr. Alex comentou que o Dr. Armando Eickhoff estava se afastando da atividade médica e fez uma proposta para que viéssemos para Três de Maio”, conta.

 

Na época, estrutura do HSVP foi determinante para a escolha 

Paulo relata que durante a especialização em Ortopedia, estivera em Três de Maio e ficara muito impressionado com a estrutura do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), que contava com Tomografia e Densitometria Óssea, exames que existiam nos grandes hospitais de Porto Alegre. Ressalta-se que isso era naquela época, mais de 20 anos atrás.

De acordo com o médico, o centro cirúrgico era bem planejado e com salas amplas, maiores que os hospitais de Porto Alegre, além do material ortopédico de primeira linha. “Tive a oportunidade de participar de cirurgias com o Dr. Armando e fiquei impressionado com sua habilidade e técnica cirúrgica”, relembra.

A partir dessa boa impressão, quando surgiu a proposta, o casal avaliou com muito carinho, vendo no HSVP uma oportunidade de realizarem um trabalho de ponta, tanto na Ortopedia, quanto na Ginecologia e Mastologia. “Isso foi fundamental para decidirmos fixar moradia em Três de Maio”, revela o casal.

 

Vemos Três de Maio com grande potencial de crescimento

Tanto Paulo, quanto Elaine, reforçam a ideia de que a maioria das pessoas que vieram de fora para residir no município, optaram por razões profissionais. “Vemos Três de Maio com grande potencial de crescimento, principalmente, no setor industrial”, alegam. 

Além disso, outro fator positivo que eles apontam é a segurança pública exemplar, e que poderá melhorar, de forma significativa, com o monitoramento de todas as vias de acesso à cidade. 

Sobre o HSVP, o casal de médicos avalia que o hospital perdeu espaço para outros na região, mas ainda é referência regional e até no Estado. “Talvez falte a visão do todo, pensar que todos precisamos e vamos continuar precisando do hospital. Cabe à comunidade  se unir para as melhorias e investimentos necessários. Em algum momento, precisamos esquecer as diferenças e superar as desavenças do passado e iniciar uma nova história de colaboração e parcerias”, sugerem Paulo e Eliane.

Passadas mais de duas décadas, eles falam do carinho que sentem por Três de Maio, cidade que adotaram para viver e pertencer. “Temos um povo acolhedor, segurança, alimentação de ótima qualidade, momentos de descontração com os amigos, na Sociedade Guaíra e nos eventos dos Clubes de Serviço e das Etnias. Estamos felizes com a nossa escolha”, concluem os médicos, que fizeram e fazem parte da construção de um município cada vez melhor para as próximas gerações.