Rede Verzeri reavaliará contrato de prestação de serviço de Urgência e Emergência no HSVP
Mantenedora do HSVP garante o cumprimento do contrato até dezembro deste ano, porém irá rever a continuidade da prestação de serviço

A irmã Rozangela Donini, presidente da Rede Verzeri (mantenedora do Hospital São Vicente de Paulo), anunciou que a instituição irá reanalisar o contrato de prestação de serviço de Urgência e Emergência do hospital. A decisão foi anunciada ontem (10) após uma reunião com representantes do Executivo e Legislativo três-maiense, realizada na Câmara de Vereadores.
À reportagem do Jornal Semanal, Rozangela explicou que a decisão ocorreu após algumas situações acontecidas na audiência pública realizada na terça-feira (8), em que ocorreram ataques à direção do HSVP, o que também resultou em uma nota de repúdio, divulgada no dia 9. “Nós viemos de Porto Alegre manifestar o nosso repúdio e que não concordamos em hipótese alguma com a situação que se formou em um momento em que nós tínhamos para conversar com a comunidade e que se transformou em outras situações. Nós não somos adeptos a isso e não iremos aceitar mais este tipo de situação”, disse.
A presidente expôs que a Urgência e Emergência é um serviço prestado pelo HSVP. “Nós estamos prestando este serviço à população. Somos contratualizados com o Estado e em setembro nós iremos rever este contrato. Eu aproveito para dizer que nessa análise do contrato, iremos rever a nossa contratualização e digo mais, se quem acha que pode assumir e queira assumir os serviços de Urgência e Emergência, que assuma. Se entende que está ruim dessa forma, faça a gestão deste serviço e apresente para nós uma proposta”, mencionou.
Rede aporta recursos para reduzir défict
Conforme a direção, o contrato vigente de prestação do serviço de Urgência e Emergência tem duração até o final do ano. “Iremos conversar com os municípios que são beneficiados e começaremos a discutir o contrato. Hoje o serviço é deficitário, além do aporte realizado pelos municípios da cogestão, a Rede Verzeri investe dinheiro para manter o serviço. Existem comentários de pessoas que desconhecem e repetem desinformações. Seguiremos prestando o serviço até o final do contrato vigente. Por enquanto não há nada definido, apenas que iremos discutir com os prefeitos. Se alguém fizer uma proposta assumindo o serviço, nós analisaremos e tomaremos uma decisão”, explicou.
O gerente corporativo da Rede Verzeri, André Ribeiro salientou que existe um aporte mensal de recursos pela Rede para a manutenção dos atendimentos. “Muitas pessoas falam sobre o valor que é aportado pelos municípios. Precisa ficar bem claro que os R$ 3 milhões são repassados por ano. Se formos pensar no custo da estrutura do setor, hoje este valor é insuficiente. Nós temos um déficit médio de R$ 140 mil por mês. Por isso, estamos fazendo uma gestão pensando em nossa estrutura de custos. O nosso objetivo é reduzir estes custos sem perder a qualidade do atendimento. Mas nós sabemos que precisamos aportar mais profissionais assistenciais no setor e isso já estamos fazendo. Tivemos um aumento no quadro assistencial de 13% em um ano. Estamos investindo em pessoal e capacitação, só que isso tem um custo que aumenta mensalmente”, detalha.
Ameaças e agressões são repudiadas por mantenedora
Após os acontecimento na audiência pública, a Rede Verzeri, manifestou em nota repúdio “às ilações infundadas, descabidas, agressivas, e violentas direcionadas à Direção Administrativa e Técnica do Hospital, bem como aos seus profissionais médicos e colaboradores, expressadas na Audiência Pública”.
Ainda, a nota diz que “a Instituição tomará as medidas legais e cabíveis para proteger a integralidade moral e física de seus profissionais”.
A presidente da Rede Verzeri finaliza, reforçando que a Rede Verzeri repudia manifestações de ameaça e de agressões físicas e morais aos profissionais que atuam no HSVP. “Nós não admitimos ameaças aos nossos colaboradores. Queremos que os nossos funcionários possam transitar na cidade, chegar em um supermercado, em uma academia ou onde quer que eles estejam sem serem ameaçados. Nós também temos relatos de colaboradores que recebem ameaças físicas e isso nós repugnamos. A população, às vezes, recebe uma informação errônea e os colaboradores acabam sendo agredidos moralmente e eticamente”, conclui.
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