Prefeitos e direção do HSVP se mobilizam para manter os serviços de traumatologia na Urgência/Emergência

O Hospital São Vicente de Paulo pode perder os serviços de urgências clínicas e traumatológicas, financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o Hospital Vida e Saúde, de Santa Rosa, que possui habilitação de alta complexidade para essas áreas. A reestruturação dos serviços está prevista no programa Assistir, do governo do Estado. Para manter atendimentos em Três de Maio, foi elaborado um documento pelo Executivo municipal, em conjunto com os prefeitos da microrregião e o diretor técnico do HSVP, Igor Prestes, ressaltando que o hospital tem capacidade, competência e corpo técnico qualificado para continuar com o serviço.

Prefeitos e direção do HSVP se mobilizam para manter os serviços de traumatologia na Urgência/Emergência
Serviços de urgências clínicas e traumatológicas do Hospital São Vicente são referência para Três de Maio e mais cinco municípios da microrregião: Independência, Alegria, São José do Inhacorá, Nova Candelária e Boa Vista do Buricá

‘Não vamos deixar a população desassistida, vamos lutar para que o serviço continue aqui’

 

Afirmação é do prefeito de Três de Maio, Marcos Corso. Diversos movimentos com envolvimento de lideranças políticas da região estão sendo realizados para manter os serviços de urgências clínicas e traumatológicas no HSVP. Governo do Estado quer transferir serviços para o Hospital Vida e Saúde e Unidade Dom Bosco, de Santa Rosa

 

O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) pode perder os serviços de urgências clínicas e traumatológicas, financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que necessitem de cirurgias. Existe a possibilidade de que esses atendimentos sejam centralizados no Hospital Vida e Saúde (que possui habilitação de alta complexidade para essas áreas) e na Unidade Dom Bosco, em Santa Rosa. A reestruturação dos serviços está prevista no programa Assistir, do governo do Estado.


Para buscar manter os serviços em Três de Maio, na última terça-feira, 17, foi elaborado um documento em conjunto entre os prefeitos da microrregião e o diretor técnico do HSVP, Igor Prestes. Nele, Prestes fez uma análise técnica explicando que o hospital tem capacidade, competência e corpo técnico qualificado para atender a urgência e emergência. Os seis prefeitos reiteraram e assinaram o ofício. O documento foi entregue para o coordenador da 14ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Anselmo Loureiro. “Depois de protocolado em Santa Rosa, já enviamos para os deputados para nos ajudar. Estamos todos buscando reverter a situação”, explica o prefeito de Três de Maio, Marcos Corso. 


De acordo com Corso, na próxima segunda-feira, 23, ele terá uma reunião com a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes, responsável pelo programa Assistir, em Porto Alegre. O diretor-executivo do Hospital São Vicente de Paulo, Igor Prestes, também deve participar. O objetivo é apresentar o documento pessoalmente e solicitar que os atendimentos sejam mantidos em Três de Maio. 


A expectativa de manter o serviço é grande, segundo o prefeito, uma vez que o projeto Assistir ainda não está totalmente fechado. Portanto, mudanças ainda podem ser feitas.
 

 

Manter esses serviços é uma prioridade 

Caso esse movimento para manter a referência de urgência e emergência do HSVP não tenha êxito junto ao governo do Estado, a ideia é buscar outras formas de manter os serviços. Para o prefeito de Três de Maio, a solução será reunir vereadores, prefeitos da microrregião, deputados, hospital e sociedade civil para ver a possibilidade de continuar a prestar esse serviço sem o incentivo do governo do Estado. “Não vamos deixar a população desassistida. Não iremos medir esforços; vamos lutar para que o serviço continue aqui”, reforça Corso. “Saúde demanda investimento. Então teremos que ver uma forma inteligente, criativa, eficiente de prestar esse atendimento à população”.

 

Diretor do HSVP diz que informações ainda são preliminares

Em entrevista ao Semanal, o diretor-executivo do HSVP, Igor Prestes, afirmou que ainda não existe nada oficial com relação a retirada dos serviços de Três de Maio. “São cenários e tudo ainda é muito preliminar, nada vai mudar até que se tenha bem claras essas definições”. 


De acordo com Prestes, atualmente a disponibilidade de cirurgia geral, traumato-ortopedia e oftalmologia é custeada pelos municípios da microrregião, sem repasse da União ou Estado para esta finalidade. Ele explica que o hospital tem um incentivo que vinha ao longo dos anos para a emergência, e que este teve alteração de nome, de valor, mas continua existindo.
O diretor enfatiza que uma série de reuniões foram e ainda serão realizadas com o objetivo de manter os serviços de urgências clínicas e traumatológicas em Três de Maio. 


Ontem pela manhã, Prestes esteve em reunião na 14ª CRS para tratar de assuntos pertinentes ao programa Assistir. “Nós não aderimos ainda, o prazo é até dia 23. Vamos mandar um documento para o Estado, ao Dgae (Departamento de Gestão da Atenção Especializada) com aquilo que o Assistir nos deu e com aquilo que nós queremos, ou seja, nós vamos pedir coisas”. O diretor explica que o documento será entregue até segunda-feira, que é o prazo final para adesão ao programa.