Direção pretende reestruturar Hospital São Vicente de Paulo

Na última terça-feira, 6, ACI e Sindilojas de Três de Maio, juntamente com o Hospital São Vicente de Paulo, promoveram mais uma edição do Café com Empresários, no HSVP. O tema central do evento foi o ‘Novo formato administrativo para o Hospital São Vicente de Paulo de Três de Maio’.

Durante o evento, a diretora administrativa da instituição, Marta Bratz, explanou o que o hospital tem desenvolvido desde sua chegada e os projetos que a direção pretende colocar em prática, entre eles, alcançar a habilitação para alta complexidade para as especialidades de oftalmologia e traumatologia. “Para alcançarmos a alta complexidade em oftalmologia, estamos no processo da última visita, que é encaminhado ao Ministério da Saúde (MS) e, provavelmente, em dezembro seremos habilitados. Foram adquiridas todas as tecnologias necessárias, entre elas o laser, com recursos próprios. Já para a traumatologia, ingressaram novos médicos na equipe e, na semana passada, ocorreu a última avaliação, pois ainda faltavam equipamentos que já foram adquiridos, também com recursos próprios do hospital. Este projeto também está no MS para ser validado”, detalha Marta.

A ideia central é de reestruturar o HSVP, tanto na área física como em equipamentos e profissionais. “Precisamos fazer a substituição e adequação de todo o telhado do prédio, antes de fazer qualquer reforma na estrutura do hospital, além adequar a rede elétrica”, acrescenta, adiantando que os recursos financeiros ainda precisam ser captados.

A diretora também ressaltou a importância de tornar o hospital viável financeiramente, já que pela filantropia, é preciso atender 60% pelo SUS e 40% com convênios/particulares. “Estamos resgatando essas parcerias, seja em convênios ou com pacotes particulares”, explica.

Marta Bratz disse que hospital precisa captar recursos para viabilizar projetos

Projetos para UTI e Maternidade

Marta trouxe detalhes sobre os projetos voltados à UTI e à Maternidade do hospital. “Nós estamos aguardando a aprovação desses projetos. Ambos estão na Vigilância, para serem liberados e feitas todas as adequações. A intenção é iniciarmos as obras ainda neste ano”, relata.

A UTI deve passar de seis para dez leitos. “Para estas duas obras, o HSVP precisa pensar em um prazo de um a dois anos para conclusão. Precisamos viabilizá-los porque, principalmente a maternidade, está com um espaço muito danificado e não há como nós mantê-la onde está. Precisamos fechar seis leitos por falta de condições da estrutura física e, por isso, são obras que devem iniciar imediatamente”, contextualiza.

Conforme Marta, ainda serão realizadas obras na maternidade e no Centro de Parto Normal (CNP) orçadas em R$ 5,4 milhões. A UTI tem orçamento de R$ 4,9 milhões, em que R$ 2,4 milhões serão através do Programa Avançar, do Estado”, acrescenta.

O restante dos recursos financeiros, segundo Marta,  ainda precisam ser captados. “Pretendemos captar esses recursos através de emendas parlamentares e, agora, existe a possibilidade de os empresários contribuírem, através da lei estadual n° 16.163, em que as empresas podem contribuir com 5% do ICMS diretamente a entidade hospitalar. É mais uma maneira de captação de recursos para viabilizar os projetos”, ressalta a diretora. Para isso, o hospital também criou um setor de captação e marketing.

Marta conclui dizendo que o hospital pretende estreitar relações com a comunidade local. “Nós temos realizado algumas reuniões com empresários locais, com a prefeitura e a 14ª Coordenadoria Regional de Saúde. Precisamos estreitar as parcerias para buscar estes valores para assim recuperar o hospital para a comunidade de Três de Maio”, finaliza.