Três de Maio passou da meta do público-alvo contra poliomielite
Mil doses foram aplicadas no município. Meta era atingir 95% do público-alvo, porém alcançou 96,15%

Os pais da pequena Natália Beatriz Ramiro Fydriszewski, 4 anos, estão sempre atentos à caderneta de vacinação da filha.
Andressa, 29, professora, e Cassiano, 32, líder de logística externa, consideram muito importante as vacinas para a prevenção de doenças. Para eles, a prioridade é a saúde e o bem-estar da filha, por isso, procuram manter a imunização do calendário vacinal sempre em dia.
Natália Beatriz Ramiro Fydriszewski, 4 anos sempre está com a vacinação em dia
Graças aos pais de Natália, como tantos outros, o município de Três de Maio atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde que era vacinar pelo menos 95% do público-alvo.
Conforme os dados disponíveis no site do ministério, o município tinha 1.040 crianças entre 1 e 4 anos de idade (4 anos, 11 meses, 29 dias), para serem imunizadas com a vacina contra a pólio. Destas, mil receberam a vacinação, atingindo 96,15%, ficando acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde.
Entre as idades em que toda a população vacinável recebeu a dose, estão as crianças de 2 e 3 anos. O único grupo etário que ficou abaixo da meta ao longo da campanha foram as crianças de um ano de idade. Entre as 312 estipuladas pelo ministério, 265 foram vacinadas, 84,94%.
A Campanha Nacional de Vacinação iniciou no dia 6 de agosto e foi prorrogada em todo o país pela baixa adesão dos pais a vacinação.
Municípios da microrregião também atingiram metas
Conforme o portal do Ministério da Saúde, os outros municípios da microrregião também atingiram as metas da campanha. Boa Vista do Buricá vacinou 148,86%, São José do Inhacorá teve 127,03% vacinado, Alegria 119,27%, Nova Candelária 115,89% e Independência 97,20%. O grupo etário que mais teve vacinação foi em crianças de 2 anos, seguido de crianças de um ano de idade
Os dados disponíveis no site da pasta apontam para uma vacinação superior ao número de crianças de 1 a 4 anos, estimado pela pasta. Isso pode ser explicado pelo número defasado que o Ministério da Saúde detém quanto a estimativa populacional, principalmente pelo último censo demográfico ter sido realizado há 12 anos e as estatísticas projetadas para o corrente ano não representarem o número real. Foram estipuladas 804 crianças para receberem a vacinação nestes municípios e a vacina foi aplicada em 984 crianças, 180 doses a mais.
Brasil e Estado não atingiram meta de vacinação
O Rio Grande do Sul não conseguiu atingir a meta de vacinação contra a pólio na campanha de 2022. Das 553.814 crianças que deveriam receber a dose de vacina, 402.305 efetivamente receberam a gotinha, ou seja, 72,64%. Para atingir a meta do Ministério da Saúde, seria necessário aplicar a vacina no mínimo em 526.123 crianças, assim, ao menos mais 123.818 crianças precisariam receber a vacina.
Crianças de um ano de idade registraram o maior percentual, 76,02%. Na sequência, 4 anos (74,59%), 3 anos (71,88%) e o menor percentual em crianças de 2 anos, 68,33%.
A nível nacional a situação é preocupante. Apenas 66,14% do público-alvo recebeu a vacina. Foram 654.478 doses aplicadas, quando a meta era imunizar 11.572.563 crianças entre um e quatro anos. Dessa forma, o país precisaria ter aplicado mais 3.918.085 doses para atingir a meta de 95%. A maior vacinação ocorreu em crianças de um ano de idade, com 69,99%, seguida por crianças com quatro anos, com 68,20%; três anos 64,57% e com dois anos, 62,14%.
O Rio Grande do Sul é o 11° estado que mais vacinou contra a pólio. A Paraíba é o único estado brasileiro que atingiu a meta, com 96,11% do público-alvo vacinado. A menor vacinação ocorre em Roraima, em que apenas 35,28% das crianças foram vacinadas.
Vacina contra a pólio é segura, segundo Ministério
O Ministério da Saúde garante que a vacina contra a poliomielite é segura e eficaz na prevenção da doença. O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, em Sousa-PB. A erradicação da pólio ocorreu em 29 de setembro de 1994, quando as Américas receberam o certificado de erradicação da poliomielite. Assim, para manter do vírus, que causa a paralisia infiantil, é fundamental a vacinação das crianças de um a quatro anos.
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