TRÊS DE MAIO E SUA HISTÓRIA - A LATICÍNIOS 3 DE MAIO
A LATICÍNIOS 3 DE MAIO
Com a grande expansão econômica da então Vila Três de Maio naqueles anos entre as décadas de 1930 e 1940, o destacado empresário Germano Dockhorn fundou a Laticínios 3 de Maio, que começou a funcionar no dia 18 de agosto de 1941, com uma produção diária de 20 quilos de manteiga, mas que no espaço de um ano seria elevada para uma média de 150 a 160 quilos diários.
Além disso, todos os subprodutos do leite eram aproveitados para a fabricação da caseína, matéria-prima empregada na fabricação de cola para madeira compensada, botões, paquelites, etc. O soro era aproveitado para a alimentação de suínos pois, a firma passou a manter instalações para a criação num espaçoso prédio de três pavimentos, com capacidade para 400 leitões por ano. Porém, as instalações chegaram a comportar até cerca de 450 suínos, entre leitões, porcas de cria e de engorde, todos da então afamada raça Durok-Jersey.
Logo seria instalada também a queijaria da Laticínios 3 de Maio, cujo maquinário moderno já começava a ser adquirido. A parte técnica da fábrica ficava a cargo de Walter Dockhorn, filho mais velho de Germano Dockhorn.
O lema da fábrica era: “Trabalhar e progredir pela grandeza de Santa Rosa e pelo bem do Brasil”. Além disso, começaram a trabalhar também na fabricação de nata, requeijão e creme de leite. Mas seu produto principal, nunca deixaria de ser a famosa manteiga “Rainha do Sul”, que era distribuída para toda a região, e que chegaria a uma produção diária de 1.000 kg. Para isso, eram necessárias muitas pessoas para ajudar a dobrar e montar as embalagens de papel onde eram colocadas as manteigas.
Foi então que a firma se prontificou a pagar uns trocados a quem ajudasse a fazer aquele trabalho, mesmo sem estar empregado na firma, e assim, as pessoas pegavam as embalagens, levavam para casa, e no dia seguinte traziam dobradas e montadas de acordo com as instruções e as entregavam aos funcionários para que fossem enviadas para a fábrica onde a manteiga era despejada dentro. Após, a caixinha era lacrada, encaixotada e enviada para o caminhão que levava a carga para outros centros.
Foi com este pequeno trabalho que duas crianças começaram a juntar seus primeiros trocados e ganhar a simpatia de Germano Dockhorn. Logo, uma delas começou a trabalhar como balconista na Comercial Dockhorn S/A, e a outra, na própria Laticínios, e futuramente, na Rádio Colonial. Os nomes: Henrique Becker Filho e Honorato Foletto.
Mas aí já são outras histórias.
Laticínios 3 de Maio produzia queijo, nata, requeijão, creme de leite e a famosa manteiga Rainha do Sul, que era distribuída para toda a região, com produção diária que chegou a mil quilos
Funcionários da Laticínios Três de Maio trabalhando. Honorato Foletto é o terceiro da esquerda para a direita
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