Mercado imobiliário se manteve estável em 2022
Demanda por imóveis residenciais para locação é muito maior que a oferta. Já quanto aos imóveis comerciais, a oferta é maior que a procura

O mercado imobiliário em Três de Maio se manteve estável no ano de 2022, tanto na procura por imóveis para locação quanto para compra e venda, é o que aponta o levantamento do jornal Semanal, junto às imobiliárias locais.
Alguns corretores perceberam certa indecisão quanto aos investimentos no setor, durante o período eleitoral, mas foram retomados logo após o término do pleito.
Com relação ao investimento na hora de adquirir um imóvel no município, há uma preferência por imóveis na faixa de R$ 300 mil a R$ 750 mil.
Outro ponto salientado pelos corretores de imóveis é a grande demanda por locação de imóveis residenciais, principalmente casas de alvenaria e apartamentos com elevador; porém, existe carência desse tipo de imóvel no mercado. Conforme os corretores, a maior procura é por imóveis com valor médio de locação de um salário mínimo. Já com relação aos imóveis comerciais para locação, existe maior oferta que demanda.
Uma particularidade constada pelos corretores, que vem crescendo nos últimos anos, é a preferência por terrenos para construção em relação aos imóveis prontos. “As pessoas querem construir o seu projeto – de acordo com o recurso financeiro disponível – e seu ideal de casa”, avalia o corretor de imóveis Astor Kolling e sócio da Morada Sul Investimentos.
Para Evandro Scherer, da Perfil Engenharia, esse fator também se deve ao fato de que muitos imóveis prontos estão muito acima do valor de mercado.
Quanto à valorização dos imóveis, segundo a maioria das imobiliárias consultadas, houve aumento médio entre 10 a 20%. Os corretores também reforçam que o mercado imobiliário, seja para residir ou investir, continua sendo uma das melhores opções para quem busca segurança e rentabilidade para seu dinheiro.
Em construção na esquina das Ruas Padre Cacique e São Paulo, o Edifício Dockhorn terá 20 andares. Já o Edifício Martins, lançado recentemente pela Mroada Sul, terá 10 andares, com garagem no subsolo. O prédio terá 15 apartamentos, sendo um duplex, além do primeiro andar destinado a salas comerciais. As obras devem iniciar em julho
Apesar do ‘boom’ no mercado imobiliário nos últimos anos, ainda há carência em imóveis para locação
Conforme o corretor de imóveis Astor Kolling e sócio da Morada Sul Investimentos, que atua no mercado de locação, venda, compra e construção de prédios, o mercado imobiliário em Três de Maio continua aquecido, seja para locação, compra e venda.
De acordo com o empresário, apesar do ‘boom’ nos últimos anos no mercado imobiliário em Três de Maio, ainda há uma grande carência em imóveis residenciais para locação. “A demanda é muito maior que a oferta disponível, principalmente em imóveis com aluguel entre R$ 900 e R$ 1.200”, revela Astor, ressaltando que imóveis com valor de aluguel na faixa de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil, são locados assim que ficam vagos.
Já com relação a aluguéis comerciais, existe oferta superior a demanda e a maior procura é por salas maiores para prestadores de serviços, com condição específica de uso.
Sobre compra e venda de imóveis residenciais, na faixa de R$ 450 mil a R$ 750 mil estão entre os mais procurados.
Astor Kolling
Na avaliação de Astor, nos últimos anos existe uma procura maior por terrenos para a construção em relação a imóveis prontos. “As pessoas querem construir seu projeto e de acordo com os seus recursos financeiros”, diz.
O ano de 2022 trouxe uma valorização nos imóveis. “O aumento nos insumos ocasionou valorização na faixa de 15%, embora custos tenham aumentado acima deste percentual”, pontua.
Atualmente, a Morada Sul conta com três prédios em construção, sendo dois em Três de Maio, Edifícios Dockhorn e Caúna, e um em Horizontina, Edifício Mariana.
Recentemente também foi lançado o Edifício Martins, em Três de Maio que terá 10 andares ao todo. Além do subsolo - garagem, o primeiro pavimento será comercial e, do segundo ao oitavo andar, serão dois apartamentos por andar e um apartamento duplex, no nono andar. A previsão de início das obras do edifício é julho de 2023, com prazo de 50 meses para a conclusão, a partir do início das obras.
Astor finaliza reforçando que os investimentos em imóveis residenciais são uma boa opção. “tendo em vista segurança de retorno a longo prazo devido à valorização constante dos imóveis e demanda por aluguéis. Os imóveis comerciais dependem da demanda específica por tipo de construção, normalmente construídos sob encomenda e aluguel contratado previamente”.
‘Com os imóveis inflacionados em nossa cidade, clientes optam por investir em municípios vizinhos’
Na avaliação do corretor de imóveis, Evandro Antonio Scherer, da Perfil Engenharia e Imobiliária, o setor imobiliário três-maiense registrou um crescimento no ano passado e as perspectivas para esse ano são otimistas. “Aqui a maior procura é para compra de imóveis, seja casa ou apartamento no valor médio de R$ 300 mil”, diz.
Em relação à locação residencial, a maior procura foi por imóvel no valor de até um salário mínimo (em 2022, R$ 1.212).
Evandro Antonio Scherer
O corretor observa o cenário onde há pouquíssimas opções em locações, em especial por casas de menor valor de aluguel. “Sempre tem uma grande fila de espera.”
Evandro também percebe que os clientes estão achando os imóveis prontos muito acima do valor de mercado, e acabam optando pela aquisição de terreno e construção. “Em nossa análise, os imóveis em nossa cidade estão muito inflacionados. Tivemos clientes que acabaram investindo em municípios vizinhos em razão dos imóveis estarem muito caros aqui”, lamenta o corretor.
‘Faltam casas para locação e imóveis para venda com valores acessíveis para financiamento’
Conforme a equipe Loro Imóveis, existe uma diferença no mercado quanto à locação de imóveis e na compra e venda. “O mercado imobiliário na parte de locações permanece aquecido, com novas locações a cada mês. Na parte de vendas, principalmente nos últimos meses de 2022, esteve um pouco retraído sem muitos negócios na cidade”, avalia o corretor de Imóveis, Luis Carlos Loro.
Na imobiliária, a maior procura para compra é de terrenos com valor máximo de R$ 100 mil e casas de alvenaria, com dois a três quartos e garagem, entre R$ 300 mil a R$ 400 mil. “Porém, terrenos neste valor não há oferta”, afirma Loro.
Já para locação, a maior procura pelos clientes da imobiliária é por apartamentos com suíte, em prédios com elevador, com aluguel entre R$ 1.200,00 e R$ 1.800.
Luis carlos Loro
Loro pontua que “a maior carência na cidade é para locação de casas. Salas comerciais e apartamentos existe bastante oferta, porém a procura por casas para alugar é grande, mas é pouca a oferta na cidade”. Outra carência é a oferta de imóveis com valores acessíveis – entre R$ 250 mil e R$ 400 mil – para financiamento.
Quanto a procura por terreno ou casa, Loro pontua que a maior procura é por imóveis prontos, em especial casas em alvenaria.
‘Faltam imóveis de padrão médio-alto para locação; procura é muito maior que a oferta’
O sócio da Imobiliária Ceccon, Eduardo H. Ceccon, avalia que o cenário local do mercado imobiliário é de estabilidade e que são boas as perspectivas de comercialização a médio prazo, principalmente para aquele imóvel anunciado no valor atual de mercado e não superfaturado.
Conforme Ceccon, imóveis para venda com valor e padrão mediano estão em torno de R$ 400 mil.
Para a locação, conforme Ceccon, a maior procura é por apartamentos e casas com valores entre R$ 600 e 1.200, porém a procura por imóveis de padrão médio-alto é extremamente grande. “Falta imóvel no mercado, quando vaga um, já alugamos quase que imediatamente”, revela o corretor.
Eduardo H. Ceccon
Ceccon cita que a procura tanto por imóveis quanto por terrenos é grande. “Cada cliente busca uma particularidade, tem os que preferem um terreno para construção, e já os que buscam um imóvel pronto”.
Sobre o mercado de imóveis para locação comercial, a oferta é maior que a procura. “Há alguns anos, antes da pandemia mais especificamente, era muito difícil encontrar imóveis comerciais bons para locação, já hoje possuímos várias opções. Porém, estamos notando uma crescente procura neste setor”.
A valorização de imóveis tem ocorrido constantemente. “Em 2022, percentualmente falando, a média ficou em 20%, porém cada imóvel tem suas particularidades, podendo variar para mais ou para menos”, considera.
Eduardo dá um conselho para quem quer investir em imóveis, seja para aluguéis, para agregação, multiplicação de valor ou patrimônio. “Investir em imóveis sempre foi e sempre será o mais seguro. Não tem risco, não tem perda, por isso nós como imobiliária buscamos encontrar o imóvel ideal para cada cliente, e que este investimento seja seguro e transparente, para que o imóvel fique disponível para sua família e pessoas que você ama usufruírem”, finaliza.
‘Mercado é um reflexo da vida das pessoas’
O mercado imobiliário tem seguido a tendência dos últimos anos, resultado de um expressivo número de negócios concretizado, é a avaliação do corretor de imóveis e proprietário da TerrenoTerreno Imobiliária e TerrenoTerreno Loteamentos, Lásaro Engster. “Entendemos que o mercado é um reflexo da vida das pessoas, e que estas, por diversos motivos, buscam comprar ou vender imóveis.
A empresa trabalha exclusivamente com compra e venda de imóveis. “Neste sentido, casas, apartamentos e terrenos das faixas de preço iniciais até as intermediárias são os que têm maior procura hoje”.
Quanto à preferência por imóveis prontos ou terrenos para construção, o corretor diz que não percebeu distinção clara na procura maior por um em expecífico. “O mercado tem boa demanda para ambos”.
Lásaro Engster
Quanto à valorização de imóveis no ano passado, Lásaro explica que tal ação ocorreu diferentemente dos anos anteriores – 2020 e 2021. “No ano de 2022 notamos que a valorização se tratou de uma certa correção de preços, ou seja, acompanhou índices de mercado como, por exemplo, a inflação, em torno de 10% em média”, situa.
O corretor de imóveis conclui que “seguimos acreditando muito que negócios imobiliários, seja para residir ou investir, seguem sendo uma opção que combina muito bem segurança e rentabilidade, em especial em períodos de instabilidade política e econômica”.
‘Optamos por uma casa pronta pela praticidade’
O casal Ronaldo Cristiano Wisneski, empresário e Juniara Roberti, pais de João Vitor, 9 anos, e Arthur Agriel, 4, optou por comprar um imóvel pronto pela praticidade e por encontrar um imóvel dentro dos padrões almejados pela família. O imóvel foi adquirido no ano passado. “Levamos em conta que ao comprar uma casa pronta, a entrega do imóvel é na ‘hora’, além da tranquilidade de não precisar se envolver em projeto, contratação de construtores para a obra, escolha e compra de material de construção, etc... então, se o imóvel se encaixa no que você espera, a opção de comprar o imóvel compensa”, ressalta Ronaldo.
Ronaldo Cristiano Wisneski
Na avaliação do empresário, o imóvel seminovo é uma ótima opção, pois o custo de manutenção será bem menor que um imóvel já com tempo maior de uso. “Acredito que o indicado é um imóvel com menos de cinco anos de uso ou então um pronto que não foi habitado ainda”, aconselha o empresário.
“Queremos construir nossa casa do nosso jeitinho”
Para o casal Daniela Manjabosco Lorezoni e Leonardo Dockhorn, construir a própria casa é ter a liberdade para criar e personalizar cada cantinho do novo lar, exatamente como planejaram.
Morando em apartamento com a filha Sara, que completou ontem, dia 23, dois aninhos, o casal optou pela compra de um terreno para construir a tão sonhada casa própria. “Optamos por comprar um terreno e construir nossa própria casa pelo fato de poder fazê-la exatamente como gostaríamos. Desde a divisão de cada espaço, a escolha dos detalhes e também pela questão financeira, de quanto poderíamos gastar”, avalia Daniela.
Para o casal, construir uma casa dá muito trabalho, mas tem suas recompensas. “É possível planejar como a gente gostaria de uma casa para nossa família, de acompanhar cada processo de construção, de como cada cantinho está ficando. Até a Sara é empolgada com a obra e faz questão de nos acompanhar sempre que vamos ver como nosso novo lar está ficando”, finaliza Dani.
A pequena Sara, de apenas dois aninhos, acompanha os pais na vistoria
da casa que está sendo construída
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