Pesquisa indica o comportamento dos consumidores para as compras de final de ano

Entre os dias 1º e 14 de novembro foram coletados dados junto à população três-maiense sobre as intenções de compra no final de ano, considerando as preferências de produtos, valores, origem dos recursos financeiros, formas de pagamento e fidelidade com o comércio. A pesquisa, que ocorre anualmente, foi realizada pelas acadêmicas do curso de Administração da Setrem, Fernanda Guimarães, Julia Postai e Rafaela Reistorfer, sob a orientação do professor Dr. Jesildo Moura de Lima, ouviu 138 pessoas e aponta o comportamento do consumidor de varejo de Três de Maio. 

Resultados iniciais indicam que a maior parte dos consumidores pretende gastar de R$ 101 até R$ 200 (24,64%) e de R$ 301 até R$ 500 (20,29%), representando quase a metade dos entrevistados. Em comparação com o ano de 2022, houve mudança de comportamento, sendo na época a maior pretensão de gastos na faixa de R$ 301 até R$ 500.

Quanto a origem dos recursos destinados às compras, 32,61% dizem ser oriundos de poupança/reserva e 29,71% da remuneração periódica. Ainda, 15,22% das pessoas ouvidas devem utilizar o 13º salário nas compras e 10,14% o crédito próprio da loja.

Pretensão de gastos com as compras

Origem dos recursos destinados às compras

Roupas e calçados devem ser a preferência do consumidor na hora de fazer as compras

O segmento de roupas segue sendo o de maior preferência dos consumidores três-maienses, com 24,64%, seguido por calçados 13,53%, bebidas e alimentos 12,56%, chocolates 12,56% e brinquedos 10,87%.

“No ano passado, nós tínhamos um destaque maior para bebidas/alimentos e chocolates. Nos anos em que há instabilidade econômica ou crises financeiras ou de confiança, nós observamos que as pessoas tendem a comprar produtos ‘úteis’ e também aumenta o percentual de pessoas que compram para elas mesmas. Isso significa que, em anos com maior instabilidade, as pessoas tendem a ‘comemorar menos’, gastando menos com este tipo de segmento, se voltando mais para roupas, calçados e eletrônicos, por exemplo. Este ano isto é perceptível. Dados de outros municípios também revelam este tipo de comportamento dos consumidores”, pondera Jesildo.

Principais segmentos de preferência de compra

80,44% das pessoas pesquisam antes de comprar

Pelo menos 80% das pessoas têm o hábito de pesquisar os preços para efetivar as suas compras, seja às sempre ou às vezes. “Este dado vem aumentando ao longo dos anos. E vale destacar que 7,25% informaram que nunca pesquisam, o que demonstra uma fidelidade com o produto, marca ou ponto de venda”, contextualiza Jesildo. Aquelas que pesquisam raramente representam 12,32% dos entrevistados.

Em relação aos pagamentos, 28,99% utilizam cartão de crédito, 22,46% PIX, 15,94% carnê de loja e 15,94% dinheiro em espécie. Comparado às pesquisas anteriores o PIX aparece com maior crescimento na intenção de uso e vem ocorrendo a diminuição no uso de cheque, sendo que na pesquisa atual, apenas 2,17% responderam que devem usá-lo para pagamentos.

As compras à vista devem representar a maior forma de pagamento das compras, com 56,52%. Na sequência aparecem as opções de parcelamento no cartão (21,01%) e na empresa com crediário próprio ou carnê (19,57%). Ainda, 2,90% das pessoas disseram que compram a prazo não parcelado, seja para pagamento no final do mês ou em 30 dias.

Fatores que influenciam na escolha da loja

Principal meio de pagamento utilizado

9 entre 10 consumidores três-maienses compram no comércio local

De acordo com a pesquisa, apenas 9,42% das pessoas compram em outro Município. Assim, 90,58% da população segue comprando em Três de Maio. “É um dos maiores percentuais da região. Comparando com municípios da microrregião, existe um percentual significativo de pessoas que vem à Três de Maio fazer suas compras”, ressalta Jesildo.

A acessibilidade é o principal motivo pela fidelidade ou não ao comércio local, com 18,84%. Os demais nove motivos obtiveram percentuais próximos, girando entre 7 e 11%, como atendimento com 11,84%, preço e promoções de venda com 10,63% cada e qualidade com 10,14%. Para a escolha da loja, a metade dos consumidores optaram entre o preço, o atendimento e a qualidade como principais fatores que os influenciam.

Para a maioria dos entrevistados (84,78%) o produto ter origem nacional ou ser importado não interfere na escolha para compra. Quanto a responsabilidade social ou ambiental do produto, 20,29% disseram que possui impacto na compra, enquanto 58,70% disseram que não e 21,01% não souberam responder. A pesquisa indica um aumento nas compras pela internet em comparação a 2022. Ano passado 58,28% dos entrevistados previam compras pela internet, atingindo o índice de 84,06% em 2023. O principal motivo pela compra ou não na internet é o preço, segundo 52,9% dos entrevistados.

Principal motivo para comprar ou não pela internet

Motivos pela fidelidade ou não ao comércio local