‘Constante evolução da agricultura exige de nós, produtores rurais, ainda mais conhecimento e qualificação para gerenciar as lavouras’

Na edição especial do dia do agricultor, da sexta-feira, dia 28, o Jornal Semanal publicou uma matéria especial com jovens que decidiram seguir na profissão em que os pais dedicaram a vida. Em nosso site, publicarems as histórias de Juliano Robert, Júlia Ressel, Samuel Retore, do casal Tiago Nicoletti e Dione Jeziorski e Daniel Rost, com quem iniciamos as publicações:
Aos 26 anos, Daniel Juliano Rost, tomou a decisão de permanecer no campo e dar seguimento ao trabalho da família na agricultura. “Esse sempre foi meu sonho e dar sequência ao legado dos meus pais”, afirma o jovem.
Filho de Nelson, 60 anos, e Jacinta Rost, 62, Daniel tem duas irmãs (uma de 30 e outra de 23 anos), mas ele é o único filho que permanece na atividade. “O que mais me atrai em seguir na atividade é a fascinação que tenho por operar máquinas e também de vivenciar o ciclo das culturas que são de extrema importância para a alimentação mundial. Além disso, gosto de gerenciar a propriedade, pois uma propriedade bem gerenciada consegue ter uma boa lucratividade”, destaca.
A propriedade da família está localizada no Distrito de Quaraim, interior de Três de Maio, e possui 130 hectares. Antes, a propriedade era destinada à produção de leite e grãos, atualmente está focada apenas na produção de grãos, entre eles o cultivo de soja, milho, trigo e aveia.
Daniel Juliano Rost, 26 anos, está dando sequência ao legado da família na propriedade localizada no Distrito de Quaraim, interior de Três de Maio. O registro, em meios a uma lavoura de girassóis, foi da conclusão do curso em Agronomia
‘Tecnologias contribuem para uma melhor produtividade e aumentam a facilidade de trabalhar no campo’
Daniel possui formação em Técnico Agrícola e em Agronomia. A opção de se formar no técnico e em engenheiro agrônomo vem do sonho de infância, já que sempre esteve ligado à área agrícola. “Foi a área que identifiquei para ser a minha profissão. Além disso, a constante evolução da agricultura exige de nós, produtores rurais, ainda mais conhecimento e qualificação para gerenciar as lavouras”, compara.
Ele recorda que, por um período, ficou longe da propriedade. “Há aproximadamente quatro anos, após a formação do curso técnico, trabalhei um ano e meio em uma empresa de insumos agrícolas de Três de Maio e também trabalhei dois anos e meio em outra propriedade rural, também localizada no município”. Contudo, retornou à propriedade ao lembrar que suas raízes estavam fixadas no meio rural – e que gostava sempre de estar em cima dos maquinários e de ajudar nas tarefas diárias das lavouras –, pois não se imaginava fazendo outra coisa.
No ponto de vista do agricultor, para que os jovens se mantenham no campo são necessários incentivos do governo e acesso às novas tecnologias que estão disponíveis no mercado (e que estão em evolução constantemente). “Muitas dessas tecnologias contribuem para uma melhor produtividade e aumentam a facilidade do manuseio das lavouras”, ressalta, citando que é visível a presença das novas tecnologias no agronegócio. “Isso é notável pois antigamente era um trabalho totalmente braçal e demorado e, atualmente, com o avanço tecnológico, esse trabalho foi automatizado, o que facilita e acelera a realização das atividades”, enfatiza.
Por outro lado, o jovem lamenta a falta de incentivo às pequenas propriedades rurais. “Apesar da produção de grãos ser a mesma de grandes propriedades, apenas em volume menor, é notável a discrepância que grandes propriedades têm em poder de compra de insumos e venda de grãos, e também conseguem melhores margens de lucro”, observa Daniel.
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