Dando continuidade aos números levantados do IBGE, referente ao Censo 2022, nesta semana vamos apresentar os números de domicílios de Três de Maio e dos municípios da Amufron (Associação dos Municípios da Fronteira Noroeste) e outros números revelados no recenseamento.

Conforme o Censo, Três de Maio tem pelo menos 11.036 domicílios. No recenseamento de 2010, o instituto levantou que eram 8.308 domicílios. Assim, ocorreu o crescimento em pelo menos 2.728 domicílios, o que corresponde a 32,84% a mais.

Do total de domicílios do município, 9.877 são particulares permanentes (99,86%). Esse tipo de domicílio, segundo o IBGE, é aquele construído exclusivamente para habitação. 

Segundo o Censo, apenas três domicílios foram classificados particulares improvisados (0,03%), ou seja, aquele localizado em unidade não-residencial ou com dependências não destinadas exclusivamente à moradia, mas que na hora da referência estava ocupado por morador. Outros 12 domicílios (0,11%), são classificados como coletivos, aquele em que a relação entre as pessoas que o habitam é restrita a normas de subordinação administrativa, como hotéis, pensões, entre outros.

Os números do Censo apontam que dos 11.036 domicílios particulares permanentes, 9.877 estavam ocupados, o que corresponde a 89,62% e 879 não-ocupados vagos (7,98%). Já os domicílios não-ocupados de uso ocasional, do período do Censo era de 265 (2,40%).
 

Outros municípios da microrregião somam mais de 10 mil domicílios

Considerando os outros cinco municípios da microrregião, são 10.223 domicílios. Boa Vista do Buricá é o que registra o maior número, com 3.030 residências. Na sequência aparecem Independência (2.943), Alegria (1.865), Nova Candelária (1.294) e São José do Inhacorá (1.091).

Todos os domicílios de São José do Inhacorá, Nova Candelária e Alegria são particulares permanentes. Independência tem três particulares improvisados, e Boa Vista do Buricá conta com dois particulares improvisados e seis coletivos. Relevando apenas os domicílios particulares permanentes, o maior percentual de ocupação está em Nova Candelária, 91,34% (1.182). Boa Vista do Buricá tem 90,50% (2.735), São José do Inhacorá 87,61% (956), Independência 84,49% (2.484) e Alegria 77,91% (1.453).
 

Média gaúcha de morador/domicílio é a menor do país

A média de moradores por domicílios do Rio Grande do Sul é a menor entre todos os Estados da federação. A densidade domiciliar de moradores é de 2,54.

Em 2010, o Estado tinha média de 2,95 moradores, o que também representava a menor do país.

Ao todo, são 5.327.241 domicílios no RS, variação relativa de 25,56% entre os censos. Já os domicílios particulares permanentes ocupados são 4.255.210.

Em nível nacional, a média é de 2,79. O dado significa um recuo em 15% comparado aos dados do Censo 2010. Naquele levantamento, a média era de 3,31. A maior densidade é registrada no Amazonas, com 3,64 morador/domicílio.

O país conta com 90.688.021 domicílios (34,21% de variação entre censos). Destes, 72.446.745 são particulares permanentes ocupados.

Taxa de crescimento anual três-maiense é de 0,41%

Outro dado divulgado pelo Censo 2022 diz respeito da taxa de crescimento anual. O número é calculado considerando uma taxa média geométrica de variação anual da população no período intercensitário.

Assim, a taxa de crescimento anual de Três de Maio ficou em 0,41%. É a sexta maior de toda a Região Fronteira Noroeste.

O maior percentual foi de Santa Rosa, com 0,96%. Nova Candelária registrou 0,89%, São José do Inhacorá 0,75%, Santo Cristo 0,53%, Boa Vista do Buricá 0,48% e Horizontina 0,23%.

Os outros 13 municípios registraram índice negativo, por terem reduzido de população. Em Independência, a taxa é de -0,24% e Alegria -1,34%. Porto Lucena teve a maior redução -1,79%.

Três de Maio tem uma média de  2,51 moradores por domicílio, segundo Censo

Em 2010 eram, em média, 2,9

Há um ano e quatro meses, Natan e Vera fixaram residência em Três de Maio

O IBGE também calculou a média de moradores por domicílio. O cálculo é a relação de moradores pela quantidade de domicílios particulares permanente ocupados.

 Em Três de Maio, a média é de 2,51 moradores/domicílio. O número representa uma redução em relação ao Censo 2010. Há 12 anos, a média era de 2,9, que mostra uma queda de 0,39 morador/domicílio, ou recuo de 13,4% da densidade domiciliar.

Considerando os 20 municípios da Amufron, a maior média de moradores por domicílio em 2022 está nos municípios de Nova Candelária e Independência, com 2,59. Já a menor média é de Porto Lucena, com 2,35. A média da Fronteira Noroeste é de 2,5 moradores/domicílio.

Levantando apenas os dados dos municípios da microrregião e comparando ao Censo de 2010, a maior queda ocorreu em Nova Candelária. O município tinha uma média de 3,0 moradores/domicílio e passou para 2,55, caindo em 0,41 em sua média. Alegria vem na sequência. Em 2010, a média do município era de 2,9 e passou para 2,51, um recuo em 0,39.

Em São José do Inhacorá, a média atual é de 2,52. Entre os dois censos, a média caiu 0,38. Em 2010, o município registrava índice de 2,9. Boa Vista do Buricá saiu de 2,9 em 2010 para os atuais 2,53. A queda é de 0,37.
Independência foi o município da microrregião que registrou a menor redução em sua média. De de 2,9 de 2010 e passou para 2,55 no levantamento do ano passado. Recuo de 0,31.

Mãe e filho entram na estatística de Três de Maio

A inspetora de polícia aposentada Vera Pipper, 65 anos, e o jornalista Natan Pipper Torzeschi, 26 anos, entraram na estatística da redução de moradores por domicílios de um censo ao outro.

No Censo de 2010, a família residia entre quatro pessoas na residência. “Além de nós dois, morávamos com a minha mãe, Lourdes, que faleceu no começo de 2022, e com a minha filha, Leandra, que agora mora com meu genro”, relata Vera. Assim, somente na residência, a densidade domiciliar caiu de 4 para 2 moradores.

Mãe e filho também estão em outra estatística revelada pelo Censo 2022. Desde o ano passado, os dois residem em Três de Maio, refletindo o crescimento de 5% da população três-maiense. Os dois passaram a morar na cidade jardim quando o filho começou a trabalhar no Semanal.

Além de fazer parte da estatística do crescimento populacional três-maiense entre os censos, a família também contribuiu para a redução da população residente em Independência, que teve queda em 2,9%. “Nós moramos em Independência por mais de 20 anos. Por um ano residimos em Capão da Canoa, mas, em 2022, viemos para Três de Maio, quando o Natan começou a trabalhar no jornal. Como eu sou aposentada, decidi ir junto com ele”, diz Vera.

Mãe e filho pretendem continuar fazendo parte das estatísticas de Três de Maio. “Acho que iremos seguir morando por aqui. A gente percebe que Três de Maio tem criado muitas oportunidades de negócios e de trabalho e isso também reflete no crescimento de população. Além de ser uma cidade tranquila de morar e também é próxima de Independência, onde temos familiares e amigos”, acrescenta Natan.